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Sem água das chuvas, Encontro dos Rios Parnaíba e Poti está ameaçado

rios2O Encontro dos Rios, considerado um dos mais belos cenários da natureza e cartão-postal de Teresina, tem enfrentado nos últimos meses uma dura realidade.

Com a escassez das chuvas e o assoreamento dos rios Parnaíba e Poti, o ponto turístico tem perdido o seu atrativo principal e corre um grande risco de desaparecer.

Quem visita o local chega a se espantar com a atual situação do lugar. A água corrente dos rios de um pontoexcelente para a prática de esportes aquáticos deu lugar a uma grande quantidade de aguapés e de coroas que se formam com o baixo nível da água.

Quem sobrevive da pesca já não encontra maneiras de garantir seu sustento apenas do rio e embora lancem as redes, elas, na maioria das vezes, retornam vazias.

O cenário atual nem de longe se compara ao que já foi o encontro do Velho Monge com o rio Poti. Aos poucos o que antes era uma importante riqueza local parece se desencontrar e perder o seu valor.

ny mora em Petrolina, mas esteve em Teresina na última semana a visita. Embora nunca tenha visitado o Encontro dos Rios, ela lamenta a cena que presenciou.

“Teresina é muito boa, mas ficamos tristes com a seca que tem acontecido não só aqui, mas no Brasil todo. Isso nos leva a pensar sobre a preservação do meio ambiente. É uma atitude necessária”, reforça.

Maria do Céu é teresinense e garante nunca ter visto essa situação e torce para que o ponto turístico não fique prejudicado. “A chuva foi pouca, mas nunca esteve desse jeito.

E cada dia que passa fica mais difícil. Daqui até novembro muitas águas ainda vão rolar, ou não. Só se Deus quiser e mandar uma chuva para amenizar”, lamenta.

 

Barreiras de areia são utilizadas para não prejudicar restaurante

 

O único restaurante que funciona dentro do rio também tem sentido aos poucos a ação da natureza. O que antes, mesmo próximo da margem era possível perceber a profundidade, hoje dá para ver nitidamente a areia que se evidencia exatamente no encontro dos dois rios.

A movimentação da areia fez com que o barco onde funciona o estabelecimento tivesse uma leve inclinação.

Segundo o proprietário, a parte da cozinha, que fica no lado do rio Poti, já estava mais baixa que o outro lado. Para evitar consequências, vários sacos de areia foram colocados ao longo de três metros de extensão do rio numa tentativa de tentar frear a ação da natureza.

“A areia estava entrando embaixo do barco e estava deixando um lado mais alto que o outro. A gente precisou colocar as barreiras de areia para evitar que a areia do rio Parnaíba ficasse embaixo do barco, prejudicando”, afirma Aldan Patrick, um dos proprietários do restaurente.

A visão de quem viveu por muito tempo presenciando as cheias dos dois rios, hoje vê com olhos de tristeza as consequências da ação do homem e da própria natureza.

“Alguns clientes comentam sobre isso, perguntam se já esteve assim. Mas é a primeira vez que isso aconteceu em 16 anos que estamos aqui. Ficamos tristes, mas o que podemos fazer é esperar para ver se melhora”, diz o empresário.

Meio Norte

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