Em entrevista ao Portal Integração na tarde de hoje, 26, o subcomandante da Polícia Militar de Oeiras, Major Santos esclareceu alguns pontos a respeito da segurança do município.
Em se tratando da onda de assaltos, furtos e arrombamentos que vem acontecendo frequentemente em Oeiras, o subcomandante admite que a situação não está fácil.
“Oeiras tem enfrentado dias difíceis, a Polícia Militar sob o comando do tenente coronel Assis tem procurado manter um policiamento na rua diuturnamente mantendo as viaturas nos pontos estratégicos, como o centro comercial”, relata.
Major Santos acrescenta que os horários de pico do comércio são oportunidades estratégicas para a ação criminosa, bem como o turno da noite é um atrativo para a prática de arrombamentos. Ainda segundo ele, o uso de entorpecentes é fator determinante para a insegurança de Oeiras. “O fenômeno das drogas é quem puxa toda essa ação desses criminosos que querem porque querem usar droga e aí eles irão assaltar”.
O subcomandante frisa que o trabalho dos policiais militares é voltado para rua e que há a preocupação de sempre manter viaturas circulando. “No momento em que recebemos uma ocorrência no COPOM (Centro de Operações da Polícia Militar), a gente mobiliza as viaturas que estão na rua naquele momento e aciona aquele policial que está mais perto para que seja realizado o primeiro atendimento.”
Em se tratando das dificuldades em lograr êxito em algumas operações, Major Santos aponta a rapidez em que a atividade criminosa acontece e a falta de informações, seja por falta de imagens de câmeras ou pelo medo dos populares em prestar informações que possam ajudar.
Outra questão é a expertise dos criminosos. “Você deve pensar com o ladrão, se eu sou um ladrão e vou praticar um ato desse, eu vou me certificar onde tem uma viatura e isso atrapalha nosso trabalho”.
Funcionamento das câmeras de vigilância
Os oeirenses têm se indagado muito sobre o funcionamento e eficiência do sistema de vídeo monitoramento com 48 câmeras instalados em alguns pontos da cidade, o major informa que se trata de uma tecnologia nova e como consequência, há falhas.
“Hoje eu tive uma conversa com o secretário de administração de Oeiras sobre essas câmeras. Nos foi repassado que esse sistema está na garantia e que a empresa é responsável pela manutenção”, pontua Major Santos.
Ele esclarece que as câmeras passam por um processo de deterioração por conta da exposição à chuva e sol e que por isso o sistema de cabeamento do equipamento danifica. “O sistema não vem funcionando plenamente como era para funcionar, são 48 câmeras mas nem todas funcionam”, finaliza.
E o que fazer?
Quando perguntado sobre como a Polícia Militar vem agindo para coibir tantos crimes na cidade, o subcomandante diz que os policiais têm efetivado as abordagens na rua, isso porque os quatro últimos crimes em Oeiras envolveram armas de fogo e isso é preocupante.
As abordagens servem para identificar possíveis suspeitos e ao mesmo tempo tirar de circulação armas e drogas. Major Santos acredita que já é possível sentir os efeitos das abordagens. “Do dia 17 para cá que foi quando aconteceu aquele latrocínio, não aconteceu mais nenhuma ocorrência envolvendo armas de fogo”.
Por fim, o subcomandante afirma que “a segurança pública não é só dever da polícia, a sociedade pode nos ajudar denunciando e passando informações”.
Por Sheron Weide