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Trio Detido Nu Em Via Pública Medita Em Delegacia

ca53469c chaO caso foi registrado como Termo Circunstanciado (para crimes de menor gravidade) e eles foram liberados após prestarem depoimento. Dois dos jovens disseram à polícia ser usuários do chá do Santo Daime (ayahuasca), que possui efeitos alucinógenos e é empregado em rituais religiosos.

No boletim, segundo a polícia, uma das mulheres, que não teria tomado a bebida, citou “leis cósmicas”, ao ser ouvida.

“[Disse] que está aqui enquanto seres cósmicos, motivo único da harmonia das leis cósmicas com as leis planetárias”, diz o histórico do registro.

A imprensa tentou contato com os três envolvidos, mas até as 18h desta segunda-feira (16) não teve retorno. Questionado sobre a liberdade religiosa, o delegado do caso disse que a prática não pode se sobrepor ao direito de outras pessoas.

O homem tem 28 anos e é autônomo. As duas mulheres, ambas de 24 anos, são professora e engenheira mecânica, informou a Polícia Civil.

Reunião com chá
Segundo o boletim policial, a proprietária da residência relatou que o chá do Santo Daime foi servido durante uma reunião, que dois dos jovens detidos estavam no local e, quando o encontro terminou, se recusaram a deixar a casa. Ela chegou a acionar a Polícia Militar nesse momento, na madrugada de sábado (14).

Ainda segundo o registro da Polícia Civil, eles se concentraram em frente à residência. A moradora disse em depoimento que ficou impedida de sair e viu que as duas jovens estavam nuas. Chamou a PM novamente, que foi recebida com certa truculência pelo trio, diz o registro policial.

A imprensa fez contato com a proprietária nesta segunda-feira (16). Ela se limitou a dizer que não conhecia os jovens e que eles não chegaram a entrar na sua residência.

Policiais que atenderam à ocorrência disseram que, ao avistarem o trio nu no bairro Jardim Monte Belo 2, solicitaram que eles se vestissem, mas o trio se recusou. O jovem que estava entre eles chegou a ser algemado, segundo a PM, por estar descontrolado.

O rapaz detido disse, em depoimento, que chegou na delegacia vestido e que, espontaneamente, retirou a sua roupa e assim permaneceu até o término do registro do ocorrido. Uma das jovens também afirmou à Polícia Civil que estava com o corpo coberto.

Liberdade religiosa
O caso foi encaminhado para o 4º Distrito Policial. O delegado responsável pelo caso, Alexandre Melfi, disse nesta segunda (16) que não se trata de liberdade religiosa ter uma pessoa nessas condições em frente a uma residência.

“Existe a religiosidade deles, mas isso tudo é feito em lugar fechado. A liberdade existe. O seu direito termina onde começa o direito do outro. Qualquer manifestação teria a mesma conduta”, explica o delegado. O Termo Circunstanciado será encaminhado para o Juizado de Pequenas Causas.

Fonte:Portalsaibamais

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