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Uespi aciona PGE para reaver posse de prédio que homenageará Bolsonaro

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O reitor da Universidade Estadual do Piauí, Nouga Cardoso, encaminhou, nesta quinta-feira (8),ofício à Procuradoria Geral do Estado solicitando providências judiciais cabíveis quanto à regularização de posse do prédio Estadual Miranda Osório.

O prédio localizado em Parnaíba será transformado na primeira escola militar do Sesc e levará o nome do presidente Jair Bolsonaro, que chega na cidade dia 14 de agosto para inaugurar obra e receber homenagem. No ofício, o reitor Nouga alega que, ainda em 21 de março de 2018, solicitou ao governador Wellington Dias termo de reconhecimento de área em favor da Fundação Universidade Estadual do Piauí.

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No dia 27 de abril de 2018 foi publicado no Diário Oficial do Estado o termo reconhecimento de área de domínio público ,reconhecendo a utilização passada do prédio pela Uespi e afetando legalmente  o uso do imóvel para a execução de fins institucionais. [Veja documentos abaixo]

Na prática, o reitor acionou a PGE para reaver a posse do prédio onde já funcionou a Faculdade de Direito da Uespi em Parnaíba. Nouga Cardoso esclarece que o pedido não tem relação político-partidária e que a reinvindicação é antiga.

“Os pedidos ocorreram quando ainda não se tinha nem registro de candidaturas a presidência. Para não dizerem que a UESPI está se envolvendo em querela política ou está sendo usada pelo governo do Estado. É dever de ofício do reitor, guardar o patrimônio da UESPI,  senão incorreria em crime de improbidade  e de responsabilidade”, disse o reitor.

Sesc reage

O presidente do Sesc, Valdeci Cavalcante, defende que o reitor Nouga Cardoso estaria atendendo a uma “orientação ideológica” e diz que o prédio foi abandonado pela Uespi. Laudo do Corpo de Bombeiros constatou a péssima estrutura. Veja laudo aqui.

“O reitor foi negligente por deixar abandonado um prédio da importância histórica que é o Miranda Osório. No dia 1 de julho de 2013 o Corpo de Bombeiros teve que evacuar o prédio com todos os alunos e professores da Uespi em razão do total estado de calamidade em que o prédio se encontrava.  Estou estarrecido pelo fato de que, atendendo  a uma orientação ideológica, um reitor que não cumpriu com seu papel principal de zelar pelo patrimônio público e pelos seus docentes e discentes, vem agora reclamar a posse de um prédio que ele mesmo abandonou depois de destruí-lo”, disse Valdeci.

No início desta semana, Valdeci Cavalcante afirmou que o prédio  está em posse da Fecomercio. Cavalcante mostrou a declaração do cartório informando que o móvel não possui registro, a declinação do prefeito Mão Santa cedendo para a Fecomercio, o termo de compromisso com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para restaurá-lo, o documento de interdição (por abandono) do Corpo de Bombeiros (desde 2013) e a origem do imóvel de 1901 (de quando foi criado o ginásio parnaibano pelos empresários de Parnaíba), além do Código Civil.

“Então, quando não tem dono, quem é dono é quem está com a posse. Então, ninguém pode entrar com ação contra a Federação do Comércio se não mostrar a certidão de Registro de Imóvel dizendo quem é o dono; como ninguém vai mostrar porque não tem. Então, quem é o dono é quem está na posse, zelando pelo imóvel”, declarou.

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Fonte: Cidade Verde

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