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‘Ufpi e universidade do Pará vão pesquisar petróleo no PI’, diz Arimatéia Lopes

Pesquisadores das Universidades Federais do Piauí e do Pará iniciaram pesquisa das rochas para encontrarem petróleo na Bacia do Rio Parnaíba, informou o reitor da Ufpi, professor Arimatéia Lopes, em entrevista ao Jornal Meio Norte.

 

Ele afirmou que os pesquisadores da Universidade do Pará pesquisarão as rochas e os pesquisadores da Universidade Federal do Piauí pesquisarão a matéria orgânica encontrada nas rochas que indica a presença do petróleo.

Jornal Meio Norte – Como o senhor avalia um ano e quatro meses de gestão?

 

Arimatéia Lopes – Eu acho que tem sido muito positivo o trabalho que estamos realizando na universidade. Nós estamos dando continuidade à consolidação da expansão porque a universidade cresceu muito nos últimos seis anos e esse crescimento, por ter sido muito rápido, deixou algumas falhas e nós estamos realmente suprindo essas deficiência, até porque temos que ter o ensino, pesquisas e extensão de qualidade, ao mesmo tempo que estamos cuidando da expansão. Nós estamos trabalhando para a implantação de dois novos campi, o campus de Oeiras e o campus de Esperantina. Ontem (quarta-feira) tivemos um encontro com o ministro da Educação para tratarmos disso.

 

Nós temos a expectativa de que até 2016 teremos a aprovação desses campi. A nossa parte está sendo feita, estamos tendo o apoio de toda a bancada piauiense e, com certeza, teremos esses campi funcionando em um breve espaço de tempo.

 

JMN – Quais os cursos que serão oferecidos em Esperantina e Oeiras?

 

AL – Os cursos que estão previstos para Esperantina são os de Direito, Serviço Social, Nutrição, Música, Educação Física e Ciências Contábeis e para Oeiras os cursos são de Direito, Arquitetura, Engenharia Civil, Engenharia Agronômica, Medicina Veterinária e Psicologia.

 

JMN – Finalmente Oeiras, com grande conjunto arquitetônico colonial, vai ter o curso de Arquitetura?

 

AL – Sim. O curso que eu coloquei como prioridade para Oeiras foi no curso de Arquitetura, eu não abria mão. Os demais foram discutidos com a comunidade, mas Arquitetura já estava definido.

 

JMN – Na reunião com o Ministério da Educação foi discutido o Hospital Universitário?

 

AL – O HU está bem encaminhado. Cem leitos de enfermaria estão sendo ofertados, os 15 leitos de UTI sendo ofertados. A crise maior já passou.

 

JMN – Há uma discussão sobre se o Pronto-Socorro do Hospital Getúlio Vargas (HGV) deve ou não ser reaberto.

 

Outros defendem a abertura da urgência e emergência do HU. Tem essa previsão?

 

AL – Não tem. Eu acho que não é a saída abrir a urgência e a emergência dos dois hospitais. O problema do HUT é que tem que haver o controle na entrada para só atender casos de urgência e emergência e da saída para que os pacientes não passem muito tempo lá. Tem que ter hospitais de retaguarda para o tratamento após o atendimento a urgência e emergência. Se tiver hospitais de retaguarda, o HUT tem condições de receber novos pacientes.

 

JMN – Teresina deveria ter um novo Pronto-Socorro?

 

AL – Aí sim. Teresina, infelizmente, tem que atender também muita gente do interior e do Maranhão. Isso faz com que a demanda seja muito grande e seja preciso um novo hospital de urgência e emergência.

 

JMN – Que outras ações, o senhor empreendeu neste um ano e quatro meses de gestão?

 

AL – Nós implantamos um novo modelo de gestão. Uma gestão participativa, uma gestão dialógica. Nós criamos a Reitoria Itinerante, quando nós visitamos todos os campi do interior, já fizemos isso duas vezes em cada campus e temos sido muito bem recebidos. Temos muitos resultados porque nessas viagens da Reitoria Itinerante levamos nossos assessores e temos ouvido as comunidades, os servidores administrativos, os professores e ficamos sabendo as demandas reais dos campi e temos que atender as necessidades reais de cada campus.

 

JMN – Como está o número de doutores e mestres da Universidade Federal do Piauí?

 

AL – Nós temos hoje cerca de 1.800 docentes e um pouco mais de 60% são doutores e juntando os professores com mestrado e doutorado somam mais de 90%. Tem poucos professores que não são mestres.

 

JMN – Quais são as novidades da produção científica na Universidade Federal do Piauí?

 

AL – A nossa produção científica está crescendo. Na área de Farmácia, nós temos dissertações de mestrado. Pesquisas nossos fisioterápicos. Nós temos na Química um trabalho sobre plantas para uso medicinal. Nós temos uma pesquisa, que vamos implementar na área de petróleo, uma pesquisa de rochas na Bacia do Parnaíba. Estamos trabalhando com a Universidade Federal do Pará.

 

Vamos celebrar convênio com a Universidade Federal do Pará no sentido de analisarmos as rochas da Bacia do Parnaíba para verificarmos a capacidade de produção de petróleo dessa bacia. Em Belém, nós temos o curso se Biologia, onde eles fazer a parte do estudo geológico e aqui nós temos um laboratório de ponta, de Química Orgânica, que vai fazer a parte de química.

 

JMN – O senhor poderia explicar melhor os estudos das rochas pelas Universidades Federais do Piauí e do Pará?

 

AL – A produção de petróleo é antecedida de um estudo das rochas da bacia. A Bacia do Parnaíba é muito extensa, tem um grande potencial. O Instituto de Geociência da Universidade Federal do Pará já vem trabalhando no estudo das rochas da Bacia do Parnaíba e nós vamos complementar esses estudos e da avaliação dos constituintes químicos dessas rocha, o que nos dará uma ideia da qualidade do óleo que pode ser gerado.

 

JMN – Quantos pesquisadores vão trabalhar nesse projeto?

 

AL – Em Belém, tem um grande número de pesquisadores da área de geologia. Aqui, em Teresina, nós estamos começando com esse trabalho com três pesquisadores envolvidos nesse grupo que trabalha com petróleo.

 

JMN – Para que serve o estudo das rocha para o pesquisa sobre o petróleo?

 

AL – Porque ele é avaliado a partir da análise da rocha. A quantidade de material orgânico que a rocha tem é indicativo do que ele produzir, se aquela naquele local pode se produzir rocha ou não. O pessoal da geologia faz esse estudo da idade da rocha e a parte do estudo do óleo, da matéria da rocha nós indica um grau de interpretação e um indicativo da presença do petróleo.

Meio Norte

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