Ontem, 29, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Oeiras, divulgou que nas últimas 24 horas 382 pessoas deram entrada na unidade com sintomas da gripe sazonal causada pelo vírus da influenza H3N2.

“Esse tipo de vírus circula com mais facilidade no outono e no inverno, Oeiras teve uma leve baixa na temperatura e na umidade nessa última semana, causando assim um leve favorecimento para a circulação do vírus”, é o que diz o post realizado no perfil do Hospital Regional Deolindo Couto.

O número alarmante justifica a superlotação que tem sido vista dentro e fora da UPA nestes últimos dias. Além de vermos várias pessoas, também tem sido comum a presença constante das ambulâncias das cidades vizinhas do território Vale do Canindé (Tanque, Cajazeiras, São João da Varjota, Simplício Mendes, Floresta e etc).

Os principais sintomas dos pacientes são: coriza, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza e febre.

A unidade faz o alerta que se houver desmaio, falta de ar, chiado no peito, febre de difícil controle ou convulsão, é necessário buscar ajuda médica imediata. Pacientes com sintomas leves podem ficar em casa de repouso, se hidratando bem e fazendo o uso de medicações que aliviem o mal estar dos sintomas.  É preciso se manter isolado por sete dias caso esteja contaminado pelo H3N2.

Sobre o H3N2

O vírus H3N2 é um subtipo do vírus influenza A, um dos principais responsáveis pela gripe e resfriados.  O que preocupa no momento é que estamos vivendo um surto atípico de gripe ao mesmo tempo em que ainda atravessamos uma pandemia, um dos motivos para o surto é a baixa adesão á vacinação contra a gripe e o relaxamento nas medidas sanitárias de prevenção contra o Corona Vírus.

Vírus H3N2

A transmissão da gripe acontece de pessoa para pessoa através de gotículas expelidas pela tosse, espirro ou fala. Dessa forma, é fundamental o uso de máscara, álcool em gel, evitar aglomerações e lavar as mãos com frequência. Estas medidas são eficazes contra da Covid-19 e do vírus H3N2.

A prevenção é essencial para que o surto não se prolongue e que a quantidade de pessoas infectadas cresçam, se não houver os cuidados necessários a superlotação nos hospitais será uma cena comum nos próximos dias. É válido ressaltar que em Oeiras as UBSs não estão funcionando por conta do recesso de ano novo e isso favorece ainda mais a grande quantidade de pacientes que recorrem à UPA.

Por Sheron Weide