Equivoca-se quem pensa que as alterações no clima, já perceptíveis com elevações da frequência e da intensidade de eventos extremos, atingirão a humanidade da mesma forma.
Gestantes, recém-nascidos, crianças, adolescentes e idosos estão entre os que enfrentam, de maneira mais pronunciada, as maiores complicações de saúde decorrentes da transformação ambiental.
“É importante que políticos, gestores e órgãos de tomada de decisão tenham isso em mente. Uma boa governança deve promover um desenvolvimento sustentável envolvendo vários setores”, frisa o alergista e imunologista Emanuel Sarinho, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Evidências científicas
O alerta tem origem em uma nova coleção de artigos publicados no Journal of Global Health. Os estudos documentam as evidências científicas disponíveis de diversos efeitos nocivo, desde ondas de calor até poluição atmosférica e desastres naturais como incêndios florestais e inundações.
Em conjunto, as análises revelam que os danos relacionados ao clima têm sido subestimados, , com implicações graves, muitas vezes potencialmente fatais.
“Importante frisar que essas alterações climáticas provocam uma redução da produção agrícola, que leva à escassez de alimentos. Há ainda um aumento da reprodução de mosquitos transmissores de doenças, como malária e dengue. Além de outras questões relacionadas ao aumento da temperatura”, pontua Sarinho.
As ondas de calor, que têm se tornado cada vez mais frequentes, estão associadas a nascimentos prematuros e aumento das chances de ataques cardíacos e dificuldades respiratórias entre idosos.
Embora as alterações climáticas afetem a todos, os problemas ainda podem ser mais graves para quem precisa de acesso regular aos serviços de saúde e ao apoio social.
Fonte: Veja