O acusado por duplo homicídio na zona rural do município de Santa Rosa do Piauí, identificado apenas pelas iniciais A. G. A., preso na última terça-feira, 13, foi posto em liberdade em fevereiro de 2017 através de um habeas corpus, onde ficou aguardando seu julgamento em liberdade, aguardando uma resposta da justiça sobre uma solicitação feita pelo seu advogado.

Desde fevereiro de 2017 ficou respondendo em liberdade. O acusado estava trabalhando há 08 meses com carteira assinada numa empresa de obras civis. Em fevereiro de 2021, a polícia foi notificada de que a solicitação feita pelo advogado de A. G. A foi negada. A partir daí o acusado decidiu aguardar o posicionamento da polícia, que ia aguardar e não iria fugir, iria esperar o momento de procurarem ele, porque já sabia que o pedido do advogado tinha sido negado.

“No mês de junho ficamos sabendo que o mandado já tinha chegado aqui em Oeiras. Ele ficou só no aguardo, foi na delegacia no fim de semana passado, só que não falaram nada, ninguém procurou ele, mas todos já estavam sabendo, boa parte do pessoal do trabalho dele já estava sabendo que a qualquer momento iriam buscar ele. Quando solicitaram o nome dele na portaria da obra que ele estava trabalhando, ele foi de imediato. Sem reação, se entregou, nunca esteve foragido, desde 2017, todo mês ele assinava”, disse o policial.

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Entenda o caso

O preso, em concurso com o seu irmão, F.G.N, desferiu 03 tiros de revólver contra a José Maria Leal Borges (53). Após neutralizar a vítima com disparos de arma de fogo, o preso ainda golpeou o seu rosto com um facão. Nesta mesma ocasião, Jossiel Mendes Borges, 27, filho de José Maria, foi assassinado pelos irmãos acima citados mediante disparos de espingarda.

Jossiel, após presenciar o homicídio de seu pai, pulou um muro para tentar fugir, mas foi contido pelos homicidas, sendo atingido por um disparo de arma de fogo nas costas e por golpes de facão, que chegaram a partir ao seu crânio. O crime chocou a região de Oeiras por conta dos requintes de crueldade aplicados pelo foragido. O motivo do crime está atrelado às desavenças entre as famílias, que se intensificou com o desaparecimento de alguns porcos dos acusados.

A.G.A, preso hoje pela DHTL e Diretoria de Inteligência, foi condenado a 21 anos de reclusão em regime inicialmente fechado, enquanto F.G.N , foragido da justiça, foi condenado a 34 anos de reclusão.