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Astrônomos descobrem novo planeta anão feito de gelo

Imagens do telescópio Canadá-França-Havaí captadas em setembro de 2015 e vistas em fevereiro de 2016 revelaram a existência de um novo planeta anão, na órbita em destaque à direita (Foto: Divulgação)

Objeto identificado no Cinturão de Kuiper leva cerca de 700 anos para viajar em torno do Sol, e pode revelar detalhes sobre a formação do Sistema Solar.

Imagens do telescópio Canadá-França-Havaí captadas em setembro de 2015 e vistas em fevereiro de 2016 revelaram a existência de um novo planeta anão, na órbita em destaque à direita (Foto: Divulgação)

Imagens do telescópio Canadá-França-Havaí captadas em setembro de 2015 e vistas em fevereiro de 2016 revelaram a existência de um novo planeta anão, na órbita em destaque à direita (Foto: Divulgação)

Um novo planeta anão foi descoberto nas profundezas geladas do espaço além da órbita de Netuno, afirmaram pesquisadores.

O novo objeto tem cerca de 700 km de diâmetro – apenas 5% da largura da Terra – e uma das órbitas mais longas para um planeta anão: estima-se que leve 700 anos para viajar em torno do Sol.

Batizado com o nome provisório de 2015 RR245, o pequeno mundo foi identificado pelo telescópio Canadá-França-Havaí, dentro do projeto de pesquisa Outer Solar System Origins Survey (Ossos).

“Os mundos gelados além de Netuno podem mostrar como os planetas gigantes se formaram e depois se moveram para longe do Sol. Eles permitem construir a história do nosso Sistema Solar”, disse Michele Bannister, da Universidade de Vitória, no Canadá.

“Mas quase todos esses mundos gelados são pequenos e pouco nítidos; é realmente empolgante encontrar um grande e brilhante o suficiente para que possamos estudá-lo em detalhe.”

Acredita-se que haja cerca de 200 planetas anões no Cinturão de Kuiper, a enorme massa de pedaços de rocha e gelo que orbitam além de Netuno.

Mas apenas cinco objetos – Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Eris – foram observados o suficiente para serem classificados como planetas anões, e não luas, planetoides ou outros objetos.

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Representação da órbita do RR245 (linha amarela), que seria um dos maiores do Cinturão de Kuiper. Objetos tão brilhantes ou mais brilhantes aparecem com seus nomes (Foto: Projeto OSSOS/Divulgação)

Geologia
Mundos que orbitam longe do Sol possuem geologia exótica, com paisagens feitas de diferentes materiais congelados, como a passagem da sonda New Horizons por Plutão revelou recentemente.

Após centenas de anos viajando a mais de 12 bilhões de quilômetros do Sol, o RR 245 está rumando para sua maior aproximação, a 5 milhões de quilômetros, ponto que deverá atingir em 2096. A Terra, por exemplo, está a 150 milhões de quilômetros do Sol.

O RR 245 vem mantendo sua órbita altamente elíptica por ao menos 100 milhões de anos. Como o objeto só foi observado em um dos sete anos que leva para viajar em torno do Sol, sua órbita precisa será refinada ao longo dos próximos anos, quando o planeta anão também receberá um nome definitivo.

Como descobridores do objeto, a equipe internacional de astrônomos do projeto Ossos poderá apresentar o nome de preferência para avaliação da União Astronômica Internacional.

 

Fonte: G1

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