Direitos autorais da imagemGETTY IMAGESRegularmente beber acima das diretrizes de álcool do Reino Unido pode levar anos fora de sua vida, de acordo com um grande relatório.
O estudo de 600.000 bebedores estimou que ter de 10 a 15 bebidas alcoólicas por semana poderia encurtar a vida de uma pessoa entre um e dois anos.
E eles alertaram que as pessoas que bebem mais de 18 drinques por semana podem perder de quatro a cinco anos de suas vidas.
As diretrizes de 2016 do Reino Unido recomendam não mais do que 14 unidades por semana, o que é seis litros de cerveja ou sete copos de vinho.
Autores do estudo da Lancet disseram que suas descobertas respaldam as novas diretrizes e também disseram que não encontraram um risco maior de morte para os bebedores leves.
Os cientistas, que compararam a saúde e os hábitos de consumo de bebidas alcoólicas em 19 países, mostraram o quanto a pessoa poderia perder se bebesse da mesma maneira pelo resto de suas vidas a partir dos 40 anos.
Eles descobriram que as pessoas que bebem o equivalente a cerca de cinco a dez drinques por semana podem encurtar suas vidas em até seis meses.
Os autores do estudo também descobriram que beber aumentava o risco de doenças cardiovasculares, com cada 12,5 unidades de álcool consumidas acima das diretrizes, aumentando o risco de:
- Acidente vascular cerebral em 14%
- Doença hipertensiva fatal em 24%
- Insuficiência cardíaca em 9%
- Aneurisma da aorta fatal em 15%
Beber álcool foi associado a um risco reduzido de doença cardíaca não fatal, mas os cientistas disseram que esse benefício foi eliminado por um risco maior de outras formas da doença.
Estudos anteriores sugeriram que beber vinho tinto pode ser bom para os nossos corações, embora alguns cientistas tenham sugerido que esses benefícios podem ser exagerados.
Outro estudo dinamarquês descobriu que beber de três a quatro vezes por semana estava associado a um risco menor de diabetes tipo 2.
“Este estudo deixa claro que, no geral, não há benefícios para a saúde com o consumo de álcool, o que geralmente acontece quando as coisas parecem boas demais para serem verdade”, disse Tim Chico, professor de medicina cardiovascular da Universidade de Sheffield. na pesquisa.
“Embora os ataques cardíacos não fatais sejam menos prováveis em pessoas que bebem, esse benefício é prejudicado pelo aumento do risco de outras formas de doença cardíaca, incluindo ataques cardíacos fatais e derrame”.
Direitos autorais da imagemGETTY IMAGESOs limites recomendados na Itália, Portugal e Espanha são quase 50% mais altos do que as diretrizes do Reino Unido, e nos EUA o limite superior para os homens é quase o dobro disso.
Mas Victoria Taylor, nutricionista sênior da Fundação Britânica do Coração, que financiou parcialmente o estudo, disse que isso não significa que o Reino Unido “deve descansar sobre seus louros”.
“Muitas pessoas no Reino Unido bebem regularmente sobre o que é recomendado”, disse ela.
“Devemos sempre lembrar que as diretrizes do álcool devem agir como um limite, não um alvo, e tentar beber bem abaixo desse limite”.
Angela Wood, da Universidade de Cambridge, principal autora do estudo, disse: “A mensagem principal desta pesquisa é que, se você já bebe álcool, beber menos pode ajudá-lo a viver mais e diminuir o risco de várias doenças cardiovasculares. ”
Fonte:BBC
