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Brasil estuda medida para impedir entrada de aliados de Maduro

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O ministério das Relações Exteriores preparou uma lista de cidadãos venezuelanos próximos ao regime de Nicolás Maduro que podem ser impedidos de entrar no Brasil.

A decisão seria parte do cerco diplomático que o governo Jair Bolsonaro vem empreendendo contra o ditador desde o início de janeiro.

De acordo com interlocutores no Itamaraty, ainda não houve uma decisão política se esses agentes do chavismo serão ou não impedidos de entrar no Brasil, mas a lista foi preparada caso o presidente Bolsonaro opte pela sanção.

Pessoas que acompanham o tema no governo não adiantaram os nomes dos agentes do chavismo nem quantas pessoas foram incluídas na lista. Afirmaram apenas que ela foi montada com base em proibições semelhantes adotadas por outros países que pressionam pelo fim do regime de Maduro na Venezuela.

No final de janeiro, por exemplo, a Colômbia proibiu a entrada em seu território de 200 colaboradores do chavismo, entre eles o próprio Maduro e o número dois do regime, Diosdado Cabello.

Na quarta (6), os Estados Unidos decidiram revogar os vistos de 77 pessoas associadas a Maduro, incluindo oficiais do governo e seus familiares. Dias antes, outros 49 vistos haviam sido revogados.

Em entrevista à revista alemã Der Spiegel, Guaidó defendeu que os países da União Europeia “reforcem as sanções financeiras contra o regime [de Nicolás Maduro]”.

Já a alta comissária da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet, afirmou nesta quarta que a crise política, econômica e social na Venezuela tem sido “exacerbada pelas sanções” internacionais.

O Brasil e a Colômbia, assim como mais de 50 países, reconhecem o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

O gesto foi um desafio a Maduro, que ainda mantém o controle das Forças Armadas e do território venezuelano.

Guaidó retornou à Venezuela na segunda-feira (4) depois de permanecer mais de uma semana fora do país. Enquanto esteve no exterior, participou de uma reunião do Grupo de Lima, fórum formado por 14 países das Américas, em Bogotá, e fez visitas a presidentes da região que o apoiam, entre eles Bolsonaro.

Na reunião em Bogotá, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, pediu que os países que compõem a frente diplomática contra Maduro revoguem vistos de pessoas ligadas ao chavismo.

Interlocutores no Ministério das Relações Exteriores avaliam que o Brasil não deveria adotar essa medida, porque, dizem, poderia afetar pessoas sem conexões com Maduro.

Fonte: Meio Norte

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