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Cigarro eletrônico a sensação nas baladas entre os jovens oferece riscos à saúde 

Imagem reprodução
Com a volta da vida social impulsionada pelo abrandamento da pandemia do novo coronavírus, um tipo de aparelho se popularizou entre os jovens: os cigarros eletrônicos.
Os cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil desde 2009, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em razão dos riscos e da falta de comprovação científica de que ajudaria fumantes a largarem o cigarro. À Jovem Pan, o órgão afirmou que, no momento, não é possível saber se haverá mudança na questão regulatória, destacando que a Pesquisa Nacional de Saúde mais recente (PNS 2019 – IBGE), apontou uma prevalência de 0,6% do uso de cigarros eletrônicos pela população brasileira de 15 anos ou mais anos.
Apenas em uma operação realizada em São Paulo, no dia 21 de setembro de 2021, 135 mil cigarros eletrônicos e 325 mil essências foram levados por agentes da Receita, da Polícia Civil e da Guarda Civil Metropolitana. Conforme os dados mais recentes, computados entre janeiro e fevereiro de 2022, a Receita apreendeu 148.626 unidades, entre cigarros e essências — o valor representa quase um terço do total apreendido nos 12 meses de 2021.
RISCOS
Segundo médicos ouvidos pela reportagem, o cigarro eletrônico pode causar problemas à saúde mesmo a curto prazo, aumentando o risco de lesões nos pulmões e de doenças cardiovasculares.
Em 2019, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) nomeou uma doença específica causada pelos cigarros eletrônicos, a Evali (sigla para lesão pulmonar causada por uso associado a cigarros eletrônicos ou vapes).
“Tem uma variação de sintomas, mas costuma causar tosse, falta de ar, febre, dor de cabeça, insuficiência respiratória e até óbitos”, explica Celso Padovesi, pneumologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
“Pode ser um problema tão grave quanto o que a Covid-19 produz, através das substâncias químicas liberadas pelo aquecimento do aparelho, e causar uma queimadura química no pulmão.
A pessoa associa com determinados momentos da vida, quando está com amigos, com bebida, quando acorda, quando toma café, gerando uma dependência comportamental, se torna parte do dia a dia”, diz Almeida.
Outros estudos demonstraram que quem nunca fumou, depois que usava, tinha três vezes mais chances de começar a fumar cigarro comum, e quatro vezes mais chance de virar fumante regular.
Quem era fumante e parou de fumar, mas entrou em contato com cigarro eletrônico, tinha mais chance de voltar para o cigarro comum, devido ao contato com a nicotina”, informa Almeida.
Para os jovens, os benefícios são mais “simples” em relação aos do cigarro comum.
Não só o cheiro que impregna na sua roupa, nos seus dedos, mas, se eu tivesse que destacar uma vantagem do cigarro comum, diria ser o preço bem mais acessível.
No entanto, fumar cigarros eletrônicos em lugares fechados também pode causar problemas a outras pessoas que estiverem no ambiente. Os dois médicos entrevistados pela Jovem Pan se posicionaram de forma contrária a uma alteração na regulamentação que libere os cigarros eletrônicos.
“Algo que produz necessariamente  uma dependência química, mesmo liberado, continua sendo uma droga e que tem todos os problemas de saúde. “Tenho muitas questões, principalmente pelo fato de ter uma quantidade maior de nicotina e eu fumar com muito mais constância do que o cigarro ordinário.
Com informações JP Online
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