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“Eu tenho uma relação de dependência com a música”, destaca Vivaldo Simão

Poeta, escritor, músico. Vivaldo Simão é uma figura e destaque  na Velha Cap. Seu trabalho como músico e escritor é conhecido pela maioria dos oeirenses e cidades vizinhas. Ele é o nosso convidado da Coluna de Entrevistas dessa quarta-feira (23). Vivaldo comentou como teve inicio seu contato com a musica  e falou de planos futuros para área da escrita e musical.

 

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ENTREVISTA:

Como começou sua paixão pela música?

Acho que esta no meu DNA. O meu avô era rabequista. Era autodidata, tocava rabeca no interior. Eu até ouvi muito do Josué, musico aqui de Oeiras também, que quando ele era criança, via muito o meu avô tocando e talvez tenha sido aquele o ponto em que ele despertou o interesse por musica. A mim, ele influenciou de forma indireta, pelo DNA. Eu tenho um família muito ligada aos repente. Tenho primos repentistas até de renome nacional, então temos já uma certa musicalidade dentro da família. Quando comecei a ter meu contato com o Rock foi que despertou meu interesse por cantar, pois eu sempre gostei de musica, mas nunca tinha me imaginando executando a coisa. Lembro de um disco que escutei: o Revoluções por minutos, do RPM… aquela coisa de ouvir o barulho público e tal, dava um arrepio… Eu senti que aquela era uma coisa que eu queria fazer. Isso só veio a se concretizar de verdade por volta de 2002, 2003, quando conheci uma turma que também gostava de música, e começamos, de brincadeira, a tocar junto, até que fizemos uma banda e começássemos a coisa pra valer. A banda era a Geração Perdida, tocamos de 2003 a 2008, talvez seja a banda de rock que mais durou aqui Oeiras, mas lutamos muito pra conseguir mantê-la. Depois, acabamos tendo que nos separar, pelas circunstâncias da vida: empregos, casamentos, faculdade…

 

Após o termino da banda, você teve dificuldade para prosseguir com a carreira musical?

Não, na verdade até facilitou bastante. O pessoal aqui em Oeiras me conhece como cantor de MPB, mas eu comecei com a banda de pop rock mesmo. Só que a gente sempre fazia também os shows acústicos, no caso eu e o Alisson, tocando violão comigo, e quando a banda acabou eu continuei o que eu já fazia, que era tocar no barzinho voz e violão.

Você considera a música parte essencial da sua vida?

Na verdade, eu tenho uma relação de dependência com a musica. Quando eu não estou cantando, eu to lendo alguma coisa referente à música. A minha monografia, quando terminei o curso de letras, estava ligada à música. Então é algo que eu acabo inserindo em vários aspectos da minha vida.

Além de músico excelente, as pessoas também te consideram um intelectual. Qual sua opinião por isso?

Dá uma certa sensação de estranheza, porque isso é uma coisa, digamos, mais ou menos recente. Quando eu era aluno, eu não era considerado um aluno brilhante. Era ate discriminado por alguns professores como um vida fácil, que queria só tocar violão, quando na verdade não era isso, sempre gostei de estudar e de ler muito, por prazer e não por obrigação. Na verdade eu não me considero um intelectual e sim um curioso. Eu leio diversos assuntos porque me interesso por eles. Outro dia, conversando com alunos da universidade, um rapaz falou uma coisa que eu achei engraçada: eu estava com um amigo e começamos a falar sobre futebol, e então essa outra pessoa (o aluno) me perguntou: “Você gosta de futebol? Eu pensei que pessoas assim não gostassem”. Perguntei: como assim? E ele: “Não, é que você é uma pessoa erudita”. Aqui em Oeiras a palavra erudita ficou associada a um certo grupo de pessoas que são na verdade pedantes, que gostam de mostrar um conhecimento que às vezes nem tem. Eu acho que eu não sou erudito, na verdade eu tenho um ecletismo danado. Acho que não tem essa coisa de intelectualidade, existe uma curiosidade e um gosto por várias coisas. Isso me permite conseguir muitas informações e poder compartilhar com muitas pessoas, o que acaba gerando esse adjetivo de intelectual.

Quais os planos para o futuro na área musical ou/e escrita?

Ultimamente essa parte tem ficado em segundo plano, infelizmente, pela minha falta de tempo Estou trabalhando e estudando ao mesmo tempo , a gente a caba ficando com a cabeça muito cheia para que as ideias entrem direcionadas para esse outro rumo. Mas eu nunca vou conseguir largar o trabalho com música, mesmo que isso não desemboque numa grande carreira profissional. Acho que a essa altura do campeonato é até difícil que aconteça uma grande mudança com o meu trabalho com música, é uma coisa que eu faço por prazer mesmo. Mas sempre temos planos. Eu e o meu amigo Adaljerry, ex-integrante da geração perdida, estamos com a ideia de voltar com a banda, com toda a estrutura de instrumentos musicais montada, então eu quero muito voltar a tocar com banda que é uma coisa que há muito tempo não faço. Estamos com muita vontade de voltar. Em relação a escrita, meu blog anda um pouco parado, tenho escrito com uma frequência bem menor, acho que por essa falta de tempo para essas ideia pintarem. Mas existem planos relacionados à literatura. Por exemplo, eu estou há um bom tempo escrevendo um romance, que não sei quando vou terminar, pois não tenho uma escrita constante, escrevo um bom pedaço depois paro e escrevo de novo. Pretendo lançar livros de poemas também e voltar com minha carreira de música.

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