Com a necessidade de uma nova eleição até 25 de janeiro de 2024, o atual presidente interino, José Perdiz de Jesus, do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), assume interinamente a CBF. Enquanto a Federação da Bahia permanece ao lado do dirigente afastado, Pernambuco ainda não tomou posição.

A informação, inicialmente divulgada pelo jornalista Maurílio Júnior, indica que, além das nove federações, Rio de Janeiro e Minas Gerais já declararam apoio a Zveiter, consolidando assim o número necessário de apoios para sua candidatura.

Flávio Zveiter, ex-presidente do STJD e indicado pela Conmebol para representar a América do Sul no Comitê de Ética da Fifa, tem se destacado como uma figura de oposição a Ednaldo Rodrigues desde que assumiu como diretor de desenvolvimento e projetos da CBF em 2022.

O xadrez político na CBF ganha contornos complexos com Ednaldo Rodrigues tentando, via judicial, retomar a presidência. O caso, agora no Supremo Tribunal Federal (STF), aguarda a análise do ministro André Mendonça após o pedido do PSD para anular a decisão do TJ-RJ.

Enquanto isso, Ednaldo busca apoio para uma candidatura competitiva, contando com o suporte do presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, e outros dirigentes ligados à gestão afastada pela Justiça.

A disputa política na CBF tem raízes em um processo iniciado em 2018, relacionado à eleição de Rogério Caboclo, antecessor de Ednaldo. O Ministério Público questiona o estatuto da confederação por discrepâncias na ponderação dos votos de clubes e federações, o que levou à anulação da eleição de Caboclo em 2021.

Com um acordo extrajudicial, a CBF ajustou seu estatuto, mas as disputas persistem, e o cenário político se intensifica com a busca por apoio e a definição de candidaturas para a próxima eleição na entidade.