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Manifestação exige implantação de Escola Bilíngue para Surdos no Piauí

 

surdoAs ruas de Teresina foram tomadas na manhã de ontem por surdos e ouvintes em busca da criação da Escola Bilíngue para Surdos em Teresina. Essa instituição visaria o uso da linguagem por sinais, a libra, e da língua portuguesa para o ensino educacional direcionado especialmente as pessoas com surdez.

Dessa forma, as pessoas que possuem tal limitação auditiva teriam uma maior inclusão social por meio da escolaridade. A educação voltada para os surdos é defendida em lei federal, o decreto 5.262 de 2005, diz que as escolas devem ofertar, obrigatoriamente, desde a educação infantil, o ensino de libras e também da língua portuguesa.
Nas escolas, segundo a professora e uma das organizadoras da manifestação, Jessika Lopes, os mesmos conteúdos que são aplicados em uma escola normal seriam ensinados na Escola Bilíngue, a diferença seria a forma de como eles são passados aos alunos, “nós estaremos usando os sinais ao invés da fala, basicamente, é essa a diferença entre a escola bilíngue e a normal”, comenta.
A professora defende que “os alunos surdos não têm noção profunda e não entendem quando estão em uma escola normal se as aulas não são passadas por sinais. Eles estão lá, mas não entendem porque não escutam. A escola bilíngue vem para mudar essa situação porque os alunos teriam todas as aulas sendo passadas a eles por meio da sinalização (libras)”, afirma, defendendo que a educação é um direito de todos, com deficiências ou não, pois qualquer cidadão tem que ter acesso a ela. “A implantação de uma escola assim demora, mas deve ser conquistada. Queremos de início a escola de ensino médio. Quando criada, queremos o ensino superior, a universidade”.
Projeto Educação para Surtos 
O projeto Educação para Surtos foi elaborado, por estudantes e professores de licenciatura, para um trabalho direcionado ao término da disciplina de libras, comenta Jessika. “Esse projeto foi tão grandioso que foi aceito pela direção do IFPI (Instituto Federal do Piauí) para ser aplicado na instituição”, diz. O trabalho esta sendo realizado desde o início deste ano e, com apenas seis meses de duração, a atuação dos professores está sendo bem aceita.
As aulas, inicialmente, estão ligadas ao Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA). Os alunos devem estar matriculados nessa instituição e depois solicitar as aulas no IFPI. “Funciona assim, um aluno que estuda no CEJA vai lá, e pega um módulo (livro) de uma disciplina para estudar. Depois, ele vai até o IFPI e marca as aulas da disciplina que ele quer, no meu caso, eu dou aula de química. Aquele assunto do livro normal é ensinado a ele por meio de libras, e ele vai estudando e aprendendo com a sinalização”, explica. Depois que os alunos especiais recebem as aulas em libras, eles retornam ao Ceja para fazerem uma prova do livro estudado.
Para Jéssica, esse projeto deve ser ampliado para atender muitas outras pessoas que precisam dessa atenção especial. “A Escola não iria funcionar por módulos, como no CEJA, seria uma escola normal, só que destinada para os surdos”, alega.  As aulas do projeto são ministradas pelos próprios estudantes de licenciatura do IFPI, “é uma forma dos profissionais irem se qualificando para poder atender tanto os que escutam como os que não escutam”, conclui.

Portal O DIA

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