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Marcelo promete diálogo e defende novas fontes de financiamento do SUS

marceloO Ministro da Saúde Marcelo Castro falou à TV Cidade Verde nesta terça-feira (6) após a cerimônia de transmissão de cargo. Ao jornalista Elivaldo Barbosa, o novo ministro disse assume o mais alto cargo da saúde no país em um momento de crise e poucos recursos.

“Estou assumindo em um momento de crise. Há uma dificuldade de recursos, mas os homens públicos não podem se furtar ao dever e obrigação de exercer a função que lhe apresentam. São estas circunstâncias e vamos procurar soluções”, disse ao vivo durante o Jornal do Piauí.

Marcelo Castro ressaltou que vai olhar a saúde do Brasil como um todo, no entanto, com atenção especial para as regiões mais carentes, como o Nordeste. “Temos que ver a saúde do Brasil como um todo, mas é dever do administrador público ver a questão regional e com o olhar sempre mais voltado para as regiões mais carentes”, declara.

O ministro afirmou ainda que quer compartilhar sua missão com os governos estaduais e municipais, além dos conselhos e associações. “É essa tarefa que está em nossas mãos. Eu quero compartilhar com todos. A saúde é de responsabilidade do Estado, compreendido por governo federal, estaduais, municipais, associações, conselhos. Todos nós temos que estar unidos na busca da solução desse grande problema. Queremos melhorar o nível de saúde do nosso povo. Vou me esforçar ao máximo para não envergonhar nenhum brasileiro e muito especialmente a nenhum piauiense e, principalmente, aqueles piauienses que confiaram seu voto em mim”, disse.

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“Quero dizer ao povo do Piauí que assumo neste momento uma alta função de responsabilidade, que é ser ministro de estado da saúde. É uma tarefa gigantesca pela frente. Todos sabem que todas as pesquisas que são feitas no Brasil sempre apontam a saúde como o seu maior problema”, acrescenta.

PMDB

Se vai permanecer presidente do PMDB no Piauí, o ministro disse que ainda não parou para pensar. “Não pensei ainda sobre isso. Foi uma coisa assim tão súbita. De lá pra cá tenho me dedicado 24 horas por dia a estudar os problemas da saúde do ministério. Tudo mais na minha vida foi relegado ao segundo plano, mas, sem dúvida, quando eu respirar vamos decidir com meus pares”, finalizou.

O novo ministro da Saúde, Marcelo Castro, assumiu o cargo nesta terça-feira, 06, convocando conselhos da área e a sociedade para ações de fortalecimento da saúde pública no País. Marcelo Castro condenou o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde – SUS. A solenidade de transmissão do cargo aconteceu no auditório central do Ministério da Saúde em Brasília, no Distrito Federal.

“Trata-se do mais importante programa público do Brasil, precisamos de novas fontes de financiamentos” , afirmou Marcelo Castro.

O novo ministro lembrou o sufoco financeiro da Prefeitura de Teresina nos gastos para manter os serviços do SUS no município. Marcelo considerou um absurdo a prefeitura de Teresina comprometer 35% de suas receitas com o Sistema, 10% a mais do que determina a lei. Marcelo Castro disse que Estados e municípios estão gastando muito além do que deveriam por lei.

“Eles gastam sem ter nenhuma compensação. Sem nenhuma dúvida, eu digo que pela Constituição Federal, a União tem o dever de disponibilizar 13,2% das Receitas Correntes Líquidas, os Estados têm obrigação de repassar 12% e municípios, 15%. Em 2014 os municípios gastaram uma média de 22,8%, o que é um aumento muito grande na participação dos municípios. Em Teresina, o prefeito Firmino Filho me contou, que em 2004 Teresina gastava 16% e hoje gasta 35% das receitas”.

Ele complementou: “União, estados e municípios, estão com essa dificuldade acentuada e esse compartilhamento de recurros  é absolutamente justo e imprescindível, porque o pesos da composição dos recursos da saúde está pesando mais para Estados e municípios. Vamos fazer contratos de decreto para que as coisas fluam com naturalidade na área da saúde, para que o Ministério possa prestar 80% de atendimento a saúde. Os recursos têm que ser melhor aplicados”, contou ao defender não propriamente uma mudança, mas que vai incentivar que isto aconteça no setor da Saúde.

Marcelo Castro voltou a defender o retorno da CPMF, com a metade da arrecadação destinada ao financiamento do SUS.

Na solenidade, ele recebeu na íntegra o projeto mais especialidades. O documento foi a última ação do ex-ministro Artur Chioro e será prioridade do governo para o novo ministro.

Artur Chioro faz balanço de sua gestão no ministério da saúde 

Após um ano e meio à frente do Ministério da Saúde, o médico Artur Chioro se despede do cargo destacando ações desenvolvidas no fortalecimento do SUS e na consolidação do programa mais médicos, que conta com 18 mil profissionais atuando em todas as regiões do país.

Participam da solenidade os ex-ministros Alexandte Padilha, José Gomes Temporão, Humberto Costa, Saraiva Felipe e Agenor Álvares, e os governadores do Ceará, Camilo Santana e do Piauí, Wellington Dias, ambos do PT.

Marcelo recebeu na íntegra o projeto mais especialidades. O documento foi a última ação do ex-ministro Artur Chioro e será prioridade do governo para o novo ministro.

 

Fonte: cidadeverde.com

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