O Ministério Público Federal, através do Procurador da República, Wellington Luís de Sousa Bonfim, instaurou um procedimento administrativo para apurar “suposto caso de manipulação de lista de espera do Instituto Camilo Filho”.
O procedimento tem origem em peças de informação “instauradas a partir de expediente oriundo da 38ª Promotoria de Justiça de Teresina”. Segundo a portaria nº 41, a denúncia é de que “foram inseridos na lista de espera para o curso de Direito, turno vespertino, do ano de 2012, do Instituto Camilo Filho, candidatos que não participaram do processo seletivo do PROUNI”.
A portaria considerou a falta de elementos para instaurar o procedimento administrativo de nº 1.27.000.001705/2012-97 e pediu que a Câmara de Coordenação e Revisão do MPF fossecomunicada do processo.
Outro lado
Em entrevista ao portal GP1, o professor Charles Silveira, diretor da instituição citada na portaria esclareceu que uma candidata do Prouni disse ter seu nome na lista de espera do programa e que durante a chamada dos alunos aprovados, a aluna alegou que seu nome havia sumido. “A candidata se enganou ao pensar que a lista pudesse ter sido manipulada pela faculdade, quando na verdade, nós recebemos já uma listagem pronta feita pelo Ministério da Educação (MEC)”, explicou.
Silveira fala que a instituição está aprontando uma resposta para enviar ao MPF. “Estamos dentro do prazo de resposta ao Ministério Público, enviaremos os documentos necessários para que o caso seja esclarecido”, concluiu.
O professor encaminhou ao GP1 resposta do Ministério da Educação explica que não houve erro e que há diferença entre as listas da primeira e da segunda chamadas e a lista de espera.
Confira na íntegra nota do MEC:
Em relação à situação relatada em sua mensagem, esclarecemos que não houve erro, tampouco alterações na lista de espera da IES.
Preliminarmente, lembramos que a lista de espera é única e não faz distinção entre candidatos cotistas e da ampla concorrência.
Esclarecemos, adicionalmente, que a lista de espera é divulgada somente para as instituições, competindo a estas a divulgação da mesma e a convocação dos candidatos.
Não há consulta de lista de espera para os candidatos.
A consulta que ainda permanece disponível é a do resultado da primeira e da segunda chamadas, que a candidata Carla Liane está considerando equivocadamente como da lista de espera. Por isso, e também pelo fato de não haver separação entre cotas e ampla concorrência, as listas da primeira e da segunda chamadas são diferentes da lista de espera.
Atenciosamente,
Ministério da Educação
Fonte: GP1
