Desde molecote sabia que o pedreiro Antônio Gonçalves Ribeiro trabalhava, exclusivamente, para o Seu Mário Freitas. Não faltava serviço. Construiu casa até em Teresina para o citado empresário.
Natural de São João da Varjota, cidade oeirensemente nascida. Casou-se com Dona Azenira. Houve 16 filhos, todos meus conhecidos. Nutro especial amizade com um deles, o Mário, que aprendeu o ofício do pai. É também animador de reisado.
No dia 15 agosto passado, data consagrada à nossa Padroeira — N. Sra. da Vitória —, na localidade Boa Vista, entre familiares, o Sr. Antônio Ribeiro comemorou o seu centenário de vida. Evento restrito em face da pandemia. Confraternização alegre. Festa marcante em meio à sua enorme parentela.
Homem trabalhador, honesto. Continua com suas atividades laborais, sem maiores esforços, claro! Lúcido, não abre mão de uma boa prosa, do seu bom humor. Muito apegado a sua esposa, parentes e amigos. Gente da melhor estirpe!
Na homenagem que lhe prestaram, de forma bastante original, a sua história de vida foi decantada em cordel: A Saga da família Ribeiro. O folheto foi lido na ocasião, distribuído entre familiares e amigos.
Conta até o ataque de uma onça que o aniversariante, aos 08 anos, sofrera quando empreendia viagem pelos sertões ermos, montado num jumento, tendo sido salvo por seu pai a facão.
Os versos são autoria do seu neto Abel, filósofo, mestre em sociologia, doutorando em filosofia africana, Professor da PUC/Paraná, em Curitiba.
Acredito que o seu outro neto, irmão daquele, Vavá Ribeiro, cantor oeirense que brilha no mundo artístico regional, venha, em louvor ao seu patriarca, compor alguma peça musical.
Parabéns, Sr. Antônio Ribeiro, oeirense exemplar!
Por Carlos Rubem