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Pesquisa inédita: 65% das teresinenses que sofrem violência não procuram ajuda

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Um diagnóstico inédito e estarrecedor. Mesmo tendo conhecimento da Lei Maria da Penha e dos mecanismos policiais, 65,79% das mulheres em Teresina que sofreram violência não procuraram ajuda. A pesquisa é exclusivamente na capital do estado.

Segundo o levantamento divulgado essa semana pela Prefeitura de Teresina, 53 mulheres foram mortas em Teresina – de 2015 a 2017 – devido a sua condição de ser do sexo feminino.

Um dado animador na pesquisa foi a resposta de 92% das mulheres que disseram não tolerar a violência para manter a família unida.

Segundo o levantamento, é preciso ter ações efetivas que possam contribuir para a mudança dessa realidade e romper com o ciclo da violência.

De acordo com os dados, as mulheres conhecem pouco a rede de serviços em Teresina. As Delegacias da Mulher são a principal referência, seguido do Ligue 180.

“É preciso reforçar a divulgação dos serviços e a atuação da rede de atendimento a mulheres em situação de violência. As mulheres procuram pouca ajuda institucional quando sofrem violência”, diz o levantamento.

Pelo sistema de notificação compulsória (registrados pelo sistema de saúde) os autores da violência predominam amigos/conhecidos das vítimas (19,7%). A força física é o meio de coerção mais empregado, que pode ser explicado pela proximidade entre vítima e agressor e a relação de medo e subordinação característica dos relacionamentos abusivos.

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Do total pesquisado, 22,11% das mulheres teresinenses sofreram violência psicológica ao longo da vida, 11,22% violência física e 6,35% violência sexual.

Mulheres jovens (18 a 29 anos), pardas e sem religião reportam mais violência que os outros grupos, porém a violência sexual é mais denunciada entre mulheres brancas (4,48%), enquanto 2,02% de negras denunciam a violência.

A pesquisa apontou que as mulheres nordestinas convivem com a violência desde muito cedo, principalmente a psicológica. É importante lembrar que 77,8% das mulheres de Teresina são negras e pardas. Das mulheres que procuraram ajuda, 15,8% procuraram junto aos amigos e familiares ao invés da ajuda institucional.

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Fonte:Cidade verde

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