A Assembleia Legislativa discutiu o plano de segurança pública em audiência nesta quartafeira (17) com o secretário de Segurança Pública, Fábio Abreu; o comandante- geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto, o secretário de Justiça Daniel Oliveira e lideranças comunitárias. Na ocasião, Fábio Abreu anunciou que o Governo prepara a vinda de uma empresa para realizar consultoria técnica para realização de um amplo plano de segurança para o Piauí.
A audiência, solicitada pelos deputados Evaldo Gomes (PTC) e Robert Rios (PDT), seguiu ritmo de conciliação, entre a oposição e Governo. Segundo Robert Rios, a intenção do momento é justamente ver formas de agregar forças tanto do Governo quanto dos deputados para melhoria das condições de segurança pública. “Este é um momento perfeito para isso, porque estamos discutindo justamente a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)”, disse.
De acordo com Fábio Abreu, o que se tem até agora é um plano emergencial. A vinda da empresa de consultoria do Piauí, segundo ele, deve ser no próximo mês de junho e a mesma terá quatro meses para finalizar as consultas. “Até o final do ano já queremos por prática. Queremos que este plano integre os outros setores de segurança, deputados e sociedade”, diz.
Todo o processo de consultoria deverá ser pago pelo Governo Federal, segundo Abreu. Segundo o secretário, o Governo do Estado apenas entrará com o espaço físico para receber a empresa, que será no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP). Fábio Abreu não respondeu qualquer questionamento sobre o orçamento da secretaria e se limitou a afirmar que se está discutindo o orçamento para ser encaminhado à Alepi.
Durante a audiência o delegado-geral da Polícia, Riedel Batista, disse que é necessário repensar o contingente de pessoas, pois hoje se atua com baixos índices. Ele criticou a grande presença de policiais disponíveis para a Assembleia Legislativa e suscitou a necessidade da criação de uma polícia legislativa.
Presentes na audiência lideranças comunitárias criticaram o modelo repressivo com que a segurança pública tem tratado a questão. Segundo a liderança comunitária do Planalto Ininga, Francisco Alves, Dino, o modelo repressivo não tem tirado a juventude da rua. “Repressão nunca trouxe paz para a comunidade, a gente precisa é discutir prevenção e investir em políticas públicas que possam traçar perspectivas para a juventude”, disse Dino.
Jornal O DIA