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Polícia faz buscas para prender acusado de matar ex-mulher com 29 facadas em Colônia do PI

A polícias civil e militar continuam em busca do gesseiro José Antônio de Oliveira. Ele é acusado de ter matado com 29 golpes de facão a ex-esposa Ana Paula Nobre na madrugada deste domingo (08), em Colônia do Piauí. De acordo com informações apuradas no local, o filho da vítima – João Victor, 18 anos – foi esfaqueado na perna ao tentar impedir que a mãe fosse morta. Mesmo ferido, ele ainda empreendeu fuga atrás do agressor, mas não conseguiu capturá-lo.

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“O suspeito estava fora do Estado e voltou para o Piauí há menos de uma semana. Ela estava dormindo em casa com a filha de 13 anos e o filho de 18 anos. O acusado tinha passado a madrugada bebendo em um bar e, em seguida, invadiu a casa, indo direto para o quarto, onde desferiu os golpes de facão na vítima, que não teve chances de se defender. Ele ainda deixou o facão cravado no corpo dela, que estava com as vísceras expostas. Um crime muito bárbaro”, explica o delegado regional de Oeiras, Paulo César.

O filho da vítima está internado no Hospital Deolindo Couto e passa bem.  Além dele, a irmã de 13 anos também será ouvida pela Polícia Civil. Testemunhas informaram que vítima e acusado estavam separados há algum tempo, mas o suspeito nunca aceitou o fim do relacionamento.

Feminicídio

De acordo com a delegada Anamelka Cadena, o autor pode ter sua pena aumentada porque a vítima foi morta na frente dos filhos.   “No caso do descendente ver a cena, a pena do crime de feminicídio aumenta de 1/3 a 1/2 do total. Esse foi mais um crime bárbaro, as imagens são fortíssimas e nós iniciamos de pronto as investigações. Ele está foragido e as buscas continuam, serão tomadas todas as providências necessárias”, declarou.

De acordo com a delegada, algumas pessoas já foram ouvidas e as próximas providências quanto à investigação do caso é a oitiva de mais testemunhas. O objetivo é constatar se a vítima e José Antônio discutiam ou brigavam com frequência.

“Temos que fazer a oitiva das testemunhas para saber se havia histórico de violência, se já havia sido feito registro de agressões. Muitas vezes ja existe histórico, mas a vítima nunca tinha buscado ajuda policial. Isso é algo que percebemos e trabalhamos pra tentar coibir. A prática que chega ao feminicídio ocorre em lares onde a polícia nunca interferiu, onde não houve denúncia. É preciso denunciar para que se tome medidas cautelares e evitar que a violência cresça”, disse.

A delegada destacou a violência psicológica e a agressão moral não deve ser menosprezada. “Não é preciso nem chegar à agressão física, se chegar em casa tratando mal, xingando, a agressão começa assim. Quando a vítima desacredita a ameaça, aquilo se concretiza aumentando a estatística do feminicídio”, disse.

 

Com informações do cidadeverde.com

 

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