A Polícia Federal (PF) concluiu uma investigação que aponta a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro em um esquema de desvio de presentes avaliados em mais de R$ 6,8 milhões. Esculturas, joias e relógios recebidos de países estrangeiros, devido à sua condição de mandatário do Brasil, foram alvo desse esquema.
Inicialmente, o relatório mencionava um valor de R$ 25 milhões, mas a PF corrigiu para R$ 6,8 milhões. A investigação revelou uma associação criminosa que desviava e vendia esses objetos de alto valor. Os proventos obtidos com as vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente, ocultando sua origem e propriedade.
Bolsonaro e outras 11 pessoas foram indiciadas por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O relatório, com 476 páginas, foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). O sigilo foi derrubado pelo ministro Alexandre de Moraes, que encaminhou o processo à Procuradoria-Geral da República (PGR) para análise.
O dinheiro desviado, proveniente da venda ilícita desses objetos, pode ter custeado a estadia de Bolsonaro nos Estados Unidos após deixar a Presidência. A colaboração do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi fundamental nas investigações.
Os presentes alvo de investigação incluem conjuntos de joias e esculturas entregues em viagens oficiais. A correção do valor reforça a gravidade do caso, que agora aguarda a análise da PGR. Com Informações da Agência Brasil