A deputada estadual Rejane Dias (PT) foi notificada pelo Diretório Nacional do PT para que reconsidere sua posição sobre a emenda que beneficia os homossexuais. Rejane Dias é contra o Projeto de Emenda a Constituição (PEC) apresentado pelo deputado Fábio Novo que altera a Constituição Estadual inserindo o termo “orientação sexual” no rol de direitos individuais e coletivos dos cidadãos piauienses.
Na notificação, assinada por Marcelo Nascimento (coordenador Nacional do Setorial LGBT), o PT Nacional lembra a deputada que o partido tem tradição de apoio aos movimentos sociais, sobretudo os segmentos mais discriminados.
Veja o que diz a nota:
“Como sabemos o Partido dos Trabalhadores tem uma tradição de apoio aos movimentos sociais, sobretudo os segmentos mais discriminados da nossa sociedade, seja através de apoio institucional as suas lutas, seja através de politicas públicas em execução pelo governo federal que resultaram das deliberações da I e II Conferências Nacionais de Politicas Públicas e Cidadania LGBT, convocadas pelo ex-presidente Lula e pela atual presidenta Dilma Rousseff.
O PT ao longo de sua história tem se posicionado na defesa dos direitos humanos e dos grupos socialmente discriminados e agora, soma-se a a Vossa iniciativa e de vários outros companheiros/as parlamentares petistas que trabalham visando o combate à violência homofobica em nosso país”.
Rejane Dias informou que apresentará sua defesa ao setorial LGBT do partido. “É um projeto que divide opiniões. O segmento religioso quer discutir mais o projeto. Eles (se referindo aos pastores) têm dúvidas”, diz Rejane Dias.
“O homossexualismo é pecado à luz da Bíblia. Como eles (os pastores) vão falar sobre este tema nos templos religiosos com uma lei como essa. Eles querem saber, eles serão criminalizados?. Vão responder processos?. São essas as dúvidas”.
Ela ressaltou que o projeto é “tão polêmico” que o Estado do Rio de Janeiro não aprovou a lei. “Eu tenho feito apelo ao deputado Fábio Novo para que a gente possa ampliar a discussão e que a gente posso envolver, por exemplo, a OAB”, disse.
Defesa
A parlamentar petista disse que o debate não é uma briga entre evangélicos e católicos e que vai apresentar sua defesa.
“O setorial do PT está me pedindo apoio e vou responder que estou convencida de que o projeto tem vício de inconstitucionalidade. Não sou a favor de qualquer forma de violência, preconceito e discriminação. Apenas acho e entendo que pode gerar uma insegurança jurídica dentro dos templos”, disse Rejane Dias.
Cidade Verde
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