Conhecido pelo bordão “Ai ai ai mamãe, ui ui ui papai”, Renato Costa trabalha como auxiliar de secretaria na Unidade Escolar Monsenhor Lindolfo Uchôa há 33 anos, mas é conhecido como o ‘Repórter Amarelinho’ e esse ano será homenageado na escola de samba, Gaviões da Fiel, que sai no grupo de acesso,em Floriano. Ele já se apresentou em programas nacionais de TV e apesar da fama diz que ficou surpreso por ter se tornado tema de samba-enredo.
“Eu estava almoçando quando soube que seria homenageado. Fui pego de surpresa e no início não queria. Acho que vou causar ciumeira. Tenho 57 anos e estou começando a vida agora. Sou grande incentivador do esporte e da cultura e amo fazer jornalismo”, diz Amarelinho que não é formado em Comunicação Social. Por outro lado, cursou Filosofia e quase vira padre, mas desistiu no fim dos anos 70.
A espontaneidade e o jeito divertido de fazer entrevistas, Amarelinho conta que adquiriu quando era vendedor ambulante. Além da máquina fotográfica e gravadores de voz, apetrechos como dois galos de plástico, que ao apertar soltam barulho de cacarejo; um apito; uma moto; boné com nome e telefone; camisa, calça, sapato, terno completo e cinto (tudo amarelo) são companheiros indispensáveis do repórter.
“Já vendi água, frutas e muitas coisas. O que me colocasse para vender saía gritando no meio da rua e vendendo”, reitera ele que tem uma explicação inusitada para o apelido que remete a uma cor.”Banana verde presta? Do mesmo jeito é a notícia, só presta madura, bem amarelinha”, explica.
No samba-enredo, além da vida profissional de Renato Costa, o “Palhaço Carrapeta”, personagem criado por ele na adolescência, também estará em evidência.
“Criei o personagem quando tinha 14 anos e resolvi sair no comércio pedindo bombons pra distribuir pra outras crianças carentes. Gritava ‘o palhaço carrapeta’. Aí começaram a me chamar para fazer festinhas e até hoje distribuo bombons no dia 12 de outubro”, finaliza.
Fonte: Cidade Verde