Acontece na próxima segunda-feira (10) um seminário que discutirá a instalação do banco de DNA de criminosos no Piauí. Em reunião com José Eduardo Cardozo, o ministro da Justiça, na tarde de ontem (05), o governador Wilson Martins teve assegurada a informação de que o Piauí seria o próximo estado a ser contemplado com o laboratório. A criação desse banco de DNA deve-se a um projeto de lei de autoria do senador Ciro Nogueira (PP).
Segundo o perito criminal José Artur Vasconcelos, o uso do DNA na elucidação de crimes deixará de ser uma ferramenta estranha à polícia do Piauí, vista apenas em filmes e obras de ficção.
“O uso do exame de DNA já faz parte da rotina de muitas polícias no mundo e no Brasil. Precisamos desmistificar que o examde de DNA seja caro, inacessível. É fonte das mais úteis para a polícia”, comentou.
No Brasil, de acordo com o perito, apenas 6% dos criminosos são condenados. Já na Argentina, o número de condenações chega a 45%, na França é de 80% e na Inglaterra passa dos 90%. “Isso mostra que é uma ferramenta efetiva”, explicou.
A instalação do banco de DNA passa por duas etapas: a instalação do laboratório e depois o credenciamento desse laboratório junto a uma rede nacional.
“Vários casos teriam elucidação como a morte de Fernanda Lages, a morte do gerente do BB de Miguel Alves e da garota Débora. Teremos depois o credenciamento desse laboratório a uma rede nacional. Esse credenciamento estabelece procedimentos, técnicas, equipamentos e formação adequada de pessoal. As tecnologias não estão restritas ao mundo dos filmes de da ficção”, declarou.
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