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Surto de dengue em Oeiras: coordenador da Vigilância Epidemiológica comenta assunto

Nas últimas semanas tem sido comum em Oeiras ouvir relatos de pessoas que foram infectados com a dengue ou chicungunha, prova disso, é a grande demanda diária de pessoas procurando atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Devido essa grande incidência de casos, procuramos o coordenador da Vigilância Epidemiológica de Oeiras, Miguel Angelo Ribeiro de Sousa para falar sobre a situação do município.

Segundo Miguel Angelo, as arboviroses causadas pelo mosquito Aedes aegypt (dengue comum e hemorrágica, zika, chicungunha e febre amarela) obedecem a uma sazonalidade, isso quer dizer que elas se manifestam mais em um determinado período do ano onde as condições são favoráveis para o desenvolvimento da larva do mosquito.

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Coordenador da Vigilância Epidemiológica de Oeiras, Miguel Angelo

“Durante o ano inteiro estas doenças podem se manifestar, mas nesse período elas se manifestam com mais frequência. Nós observamos que começou a surgir alguns casos e estes casos estavam concentrados em alguns bairros e depois se alastrou e agora a gente já comprova que temos casos de dengue e chicungunha em todo o município, portanto, já podemos dizer sim que nós estamos enfrentando um surto para a dengue e chicungunha”, afirma Miguel Angelo.

Utilização do carro fumacê    

Um questionamento que tem surgido entre os oeirenses é sobre a utilização do carro fumacê. O coordenador explica que existem diretrizes específicas para que o fumacê seja acionado.

“Ele só pode ser acionado quando o município atinge uma escala 3.9 do que a gente chama de Índice de Infestação Predial. Quando os agentes de endemias realizam as visitas domiciliares eles vão detectando a presença ou não desses focos e de acordo com a presença desses focos é que se faz esse levantamento para saber se o município justifica ou não a ação de um carro fumacê”.

Fumace certo

Miguel informa que no último levantamento realizado, Oeiras atingiu a escala de 1.6, portanto, não justificava o uso do fumacê, contudo, essa realidade pode mudar. “Com o aumento dos casos nós estamos fazendo uma busca ativa e acreditamos que o carro vai ser necessário sim, muito embora ele não resolva a situação por completo porque quando o veneno é lançado no ar só mata os mosquitos adultos, ele não mata larvas e nem os ovos.

Outro ponto sobre a utilização do fumacê são os fatores de risco dos moradores de cada residência. O coordenador faz a ressalva de que é necessário ter cautela e levar em consideração se há crianças, idosos, pessoas com condições alérgicas ou doenças respiratórias no ambiente.

A notificação é importante

A notificação e diagnóstico é fundamental para o bem estar do paciente, bem como para o enfrentamento da epidemia. “Todos os casos que são pelo menos suspeitos devem ser notificados porque é através da notificação que vamos entender se há necessidade da solicitação de exames laboratoriais para que pessamos comprovar a existência ou descartar o caso. Quando notificamos esses casos um banco de dados é alimentado e é ele que permite compreender como está o cenário atual da doença no município”.

Já com dados deste banco de dados, Miguel Angelo diz que foi possível perceber que no ano passado o município teve mais casos de dengue e já neste ano houve o crescimento de casos de chicungunha.

 

Por Sheron Weide 

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