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“Tem pessoas de mente pequena que as vezes não querem ser comandadas por uma mulher” diz Amor

Hoje na nossa coluna de entrevistas, com a proximidade do dia das mães, teremos como personagem principal do nosso bate-papo, uma famosa figura oeirense de sucesso tanto na vida pessoal, como na profissional: A empresária Maria de Jesus, conhecida carinhosamente pelos cidadãos oeirenses como “Amor”. Ela falou um pouco da sua carreira, das dificuldades que enfrentou como uma mulher no ramo empresarial e da conciliação de empresária, mãe e esposa:

 

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CONFIRA A ENTREVISTA:

 

 

P.I :  Foi difícil pra você chegar até onde você está hoje como profissional?

 

Maria de Jesus:  Não é que foi difícil, até o por que a palavra  me limita muito a um passado, e eu acredito muito que é no dia de hoje que você começa. Então é difícil pra mim, e difícil pra você, é difícil pra quem esta passando, é difícil pra todas as pessoas, eu apenas, se tenho algum diferencial na minha trajetória,  encaro as coisas com a naturalidade do dia. Então vou procurar fazer o melhor que eu puder de mim hoje. Agora foi difícil, e é muito difícil, é um exemplo de que eu tenho pouco mas ele vem de baixo, do nada. Quando era considerada esse nada era muito importante, era tudo que eu tinha, eu não sentia como se fosse nada, eu sentia como hoje, com as mesmas expectativas que eu tenho para o amanha.  Agora foi um passo com muito ousadia, muita coragem , não me rendo diante dos obstáculos. Foi uma realidade sem dinheiro, com família pra sustentar, e pra organizar.

 

P.I : Foi difícil, e é difícil conciliar a vida de mãe e empresária ?

 

Maria de Jesus:  É difícil conciliar isso, as vezes tenho que viajar a noite, e as vezes 11 da noite estou fazendo supermercado em outra cidade. O meu filho que morava fora, toda carne que ele consumia era temperada por mim. Quando chego em casa eu sou mãe/esposa. Eu chego tiro o salto, e vou fazer o meu outro papel de mulher.  Eu acho muito importante não tomar essa questão do empresário pra sua vida pessoal, com isso eu quero dizer que o natural das coisas faz sempre você ser bem sucedido, por que você é mais feliz com o que você consegue. Muitas vezes meus filhos estão em uma churrascaria, e eu chamo eles pra comerem uma “comidinha” que eu estou fazendo, e eles vão. Eu tento no meu trabalho aplicar as minha ideias, eu tento levar essa naturalidade da vida para nosso expediente de trabalho, pra não endurecer, se não você vira uma maquina. Acima dessa coisa de empresária, eu gosto muito de valorizar o pessoal.

 

P.I : No começo, ou até hoje, você sentiu algum preconceito por ser uma mulher no ramo empresarial?

 

Maria de Jesus: Com certeza. Olha! “Mulher não sabe dirigir”, “foi criada para pilotar fogão”, são essas coisas que ouvimos, mas assim eu mesma eu não lido com o preconceito dessa maneira, que existe de diversas maneiras. Quando algumas pessoas ver uma mulher entrar numa cidade, viajar sozinha, entrar em qualquer lugar sozinha, tem pessoas que a mente não acompanha a modernidade. Para tocar uma empresa tem pessoas de mente pequena que as vezes não querem ser comandadas por uma mulher. Mas, acho que se você  quiser esse preconceito vai adiante, se não quiser você simplesmente ignora, por que todo mundo tem preconceito com algo. Onde eu estiver, eu que vou encarar de maneira diferente, não vou me atingir, vai ser uma questão somente da pessoa.

 

P.I :  Há o que você deve seu sucesso pessoal e profissional como mulher?

Eu tenho um Deus muito forte dentro de mim, que me acompanha dia e noite, eu devo muito a minha mãe, quando ninguém pensava que eu era capaz de fazer aquilo, ela sempre acreditava em mim e dizia que eu era muito teimosa (risadas), ela sempre me deu muito apoio e muito amor. Meus filhos também foram muito compreensivos desde criança. Assim, eu tenho muitos amigos e preservo muito a amizade, e pessoas muito importantes na minha vida. Eu valorizo coisas muito pequenas pra dizer que uma ou duas pessoas foram importantes pra mim, eu tenho muitas pessoas especiais na minha vida, que nem imaginam que são. O meu esposo Mauricio me deixar ir e vir, não me impede de pensar, agir ou ousar. Ele acredita muito em mim e não me considera “mulherzinha”, acho uma qualidade muito grande dele. Mas eu não tive apoio financeiro na época para começar, e nem aquele moral, para uma pessoa chegar e falar eu to aqui pode contar comigo. Uma exceção, é uma amiga que é uma irmã que Deus me deu, ela me deu muito apoio com meus filhos, tanto que até hoje eles chamam de tia Nazaré, mas não era aquele apoio empresarial mas sim sentimental e moral.

 

P.I:  Como estamos próximos do dia das mães, gostaríamos que você deixasse uma mensagem as mulheres e mães oeirenses?

 

Maria de Jesus:  É muito grande o que você deve dizer de força para uma mãe. Mas se você puder dizer no seu trabalho, na sua vida, disser que o amor não vai faltar, você terá de sobra o que você precisa.

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