Nas favelas do Rio, papelotes de cocaína e de crack, assim como trouxinhas de maconha, costumam trazer, além de informações como preço e a favela à qual pertencem, imagens de famosos, uma espécie de estratégia de marketing. Pela semelhança entre as palavras, craques da bola costumam estampar embalagens com pedras de crack. Entre os preferidos dos traficantes, estão os jogadores Adriano, nascido e criado na Vila Cruzeiro, que já foi um dos principais redutos do tráfico no Rio, e o atacante Jóbson, suspenso por ter admitido consumo de crack. Este ano, no Jacarezinho, a PM apreendeu drogas com a imagem dos dois atletas
Ronaldinho Gaúcho, atualmente no Atlético-MG, também apareceu nos papelotes de 40 pedras de crack apreendidas na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, neste ano, quando ainda vestia a camisa do Flamengo. Cada pedra era vendida a R$ 10. A apreensão foi feita pela DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente)
Uma semana após sua morte no ano passado, a cantora Amy Winehouse teve a imagem usada por traficantes da favela do Mandela, na zona norte do Rio, em cápsulas de cocaína. Cerca de 3.000 cápsulas com a imagem dela foram encontradas por PMs do Batalhão da Maré (22º BPM). Segundo policiais ouvidos pelo R7, o objetivo de associar a droga à imagem de um artista rico e famoso é agregar valor ao produto, como se a droga fosse de boa qualidade
Na mesma operação que apreendeu o pó da Amy, a PM encontrou papelotes com a foto e o nome do terrorista Osama Bin Laden, na favela do Mandela. A apreensão revelou que a comunidade era uma central de distribuição de drogas, já que havia drogas com os nomes de várias comunidades
Fonte: R7.com