Os últimos dias foram marcados por grande tristeza e indignação no município de Oeiras, onde três jovens foram abusadas sexualmente e terão suas vidas marcadas pela brutalidade e falta de humanidade.
Essa não é a nossa Oeiras.
E por compreender que esses casos não podem se tornar uma constante e, muito menos, serem negligenciados, é que, por meio dessa nota, nós nos solidarizamos com as vítimas do estupro e com seus familiares.
Não permitiremos que a nossa imagem seja levada como uma cidade marcada pela violência. Por entender que essa é uma questão que deve ser tratada pela polícia e pelo Estado, solicitamos que seja incorporada a perspectiva de gênero na investigação, processo e julgamento de tais casos, para acesso à justiça e reparação às vítimas, evitando a sua revitimização, que acontece quando há exposição social e dos crimes em ações de violação do respeito e da dignidade das vítimas, entre eles a falta de privacidade, a culpabilização e os julgamentos morais baseados em preconceitos e discriminações sexistas.
As mulheres de Oeiras não estarão desamparadas. Também pedimos às autoridades o pronto atendimento integral e multidisciplinar a essas jovens, com atenção às consequências físicas e psicológicas decorrentes da violência sexual que atinge de forma devastadora essas mulheres.
Essa é uma luta de quem se importa com o outro. Essa é uma luta de quem se importa com Oeiras.