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Cheia do Rio Negro atinge recorde histórico e prejudica municípios

CheiaO Rio Negro voltou a subir e superou a marca histórica registrada em 2009. O mais preocupante é que o ponto mais alto das cheias no estado do Amazonas só costuma ser atingido no mês de junho.

Desde 1902 um livro registra o nível do Rio Negro. Na anotação desta quarta-feira (16): 29 metros e 78 centímetros, um centímetro acima da maior cheia até então, em 2009. Números que não surpreendem mais seu Valderino. Há mais de duas décadas ele mede diariamente a altura do Rio Negro.

“Ele surpreende a cada dia pela beleza”, elogia.

No porto de Manaus, o painel que mostra a marca das maiores cheias, hoje virou ponto turístico.

“Estamos aqui para ver esse marco histórico e, infelizmente, a situação dos nossos irmãos ribeirinhos”, diz o turista Marcos Corrêa.

O contato com a água poluída fez aumentar os casos de diarréias em todo o estado. Foram sete mil atendimentos a mais do que os registrados no mesmo período de 2011.

A Aeronáutica montou um hospital de campanha para atender pessoas que moram em áreas alagadas. A estrutura é semelhante a que foi levada para o Haiti e para o Rio de Janeiro nos deslizamentos de terra, mas no local os consultórios estão sobre uma balsa parada na margem do Rio Negro.

“Chega doenças do dia a dia e também da cheia. Síndrome febril, diarréia”, detalha o coronel Jorge Annibal, coordenador do hospital de campanha.

Nos igarapés, pequenos rios que cortam Manaus, a única maneira de entrar e sair das casas é através de pontes improvisadas sobre as águas. Por todos os cantos, o maior movimento é de gente trabalhando com madeira, erguendo o assoalho, um novo assoalho dentro de casa. O assoalho teve que subir tanto que agora tem outro problema: a fiação elétrica está ao alcance das mãos.

“Eu tenho medo, mas fazer o que? Aqui já pegou foi fogo”, conta a dona de casa Ednelza Santos.

A previsão é de que o Rio Negro continue a subir.

“Deve continuar subindo pelo menos até o início do mês de junho e final do mês de maio. Isso vai depender das chuvas mas, principalmente, do Rio Solimões”, explica o geólogo do Serviço Geológico do Brasil Marcso Antônio Oliveira.

Três municípios do Amazonas decretaram calamidade pública e 49 estão em situação de emergência.
 

Fonte: Jornal Nacional ( TV Globo)

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